O ambicioso design de Solana pretende resolver o trilema das cadeias de bloqueio; no entanto, continua a apresentar vários inconvenientes, como a sua vulnerabilidade à centralização.
Para ajudar você a entender mais sobre a Solana, eu preparei o artigo de hoje sobre o assunto. Quer saber mais? Então acompanhe agora mesmo!
História e origem de Solana
A origem de Solana começa graças ao trabalho de Anatoly Yakovenko, um desenvolvedor de software com ampla experiência em desenvolvimento de sistemas operacionais na Qualcomm (Brew OS), sistemas distribuídos na Mesosphere e sistemas de compressão no Dropbox.
Yakovenko, começou a se interessar pela capacidade da tecnologia blockchain e, muito especialmente, pelos protocolos de consenso com os quais já tinha tido experiência na Mesosphere.
Deste interesse inicial surgiu o white paper de Proof of History (PoH) ou Prova de História apresentado em 2018, e no qual vinha trabalhando desde 2017.
Proof of History é um curioso protocolo de consenso que usa o tempo para criar um sistema de hashing seguro para uma cadeia de bloqueio.
Este sistema funciona com base nos VDF ou Funções de Atraso Verificáveis, um tipo muito especial de função que permite este tipo de construções, nas quais o tempo marca de forma inevitável que uma transação ocorreu em uma determinada sequência de criação, transmissão e verificação da mesma.
Este sistema permite a construção de redes muito seguras, mas, acima de tudo, rápidas e muito eficientes a nível de consumo de recursos computacionais e de energia.
O nascimento da ideia
Pouco tempo depois de apresentar este trabalho, Yakovenko começou a trabalhar com Greg Fitzgerald, para levar a uma realidade tangível a sua ideia sobre PoH dentro de uma cadeia de bloqueio.
O projeto foi inicialmente conhecido como Loom, mas pouco tempo depois mudou de nome para Solana, nome que mais tarde seria usado para o registro da empresa Solana Labs, em março de 2018.
Até então, Yakovenko e Fitzgerald continuaram a trabalhar em uma implementação precoce de PoH na cadeia de bloqueio, mas finalmente em 19 de julho de 2018 seu trabalho deu frutos.
Naquele dia, uma versão inicial de Solana foi colocada em funcionamento com 50 nós em funcionamento e com a qual atingiram uma velocidade invejável: 65.000 transações por segundo.
Foi o início de uma nova tecnologia que tinha todos os elementos para deixar no passado o problema da escalabilidade da cadeia de bloqueio.
O primeiro beta de Solana
O trabalho de Yakovenko continuou até que, em fevereiro de 2020, foi lançado o primeiro beta da rede, conhecido como Tour de SOL Testnet, que foi uma testnet totalmente funcional da rede Solana.
Em março de 2020, foi anunciado o lançamento do mainnet beta (na verdade uma testnet com recursos mais avançados), com suporte básico para contratos inteligentes e praticamente todos os recursos da rede, exceto o sistema de inflação e recompensa para os validadores.
Esta decisão foi tomada com o objetivo de testar as funções iniciais da rede em condições mais próximas da produção.
Como funciona a Solana?
O componente central do protocolo Solana é o proof-of-history, uma sequência de cálculos que fornece um registro digital que confirma que um evento ocorreu na rede a qualquer momento.
Pode ser apresentado como um relógio criptográfico que dá uma marca de tempo a cada transação na rede, juntamente com uma estrutura de dados que pode ser uma simples adição da mesma.
O PoH é baseado em PoS usando o algoritmo Tower Byzantine fault tolerance (BFT), uma versão otimizada do protocolo practical Byzantine fault tolerance (pBFT).
Solana usa-o para alcançar um consenso. O Tower BFT mantém a rede segura e em funcionamento e atua como uma ferramenta adicional para validar as transações.
Gostou de saber mais sobre a Solana? Então não deixe de acompanhar os demais artigos do blog, tenho muitas outras novidades para você!